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domingo, 29 de maio de 2016

Você Sabia? Afrodescentes e indígenas podem ter albinismo?




O albinismo é uma condição genética que se caracteriza pela falta de melanina no corpo. Sem ela, os indivíduos apresentam pele extremamente branca e olhos e cabelos claros. Mesmo assim, você sabia que afrodescendentes podem ser albinos?
Na verdade, a maior prevalência do albinismo ocorre justamente no continente africano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)

Na África, muitos indivíduos com essa condição são alvo de violência por preconceito. Em alguns países, o albinismo é tido como um símbolo de sorte. Em outros, como uma maldição. Na Tanzânia, de 2000 a 2013, houve 72 assassinatos de albinos, segundo relatório das Nações Unidas de setembro deste ano. E, na Tanzânia, existe uma das maiores incidências de albinos no planeta. Um estudo da organização Hats on for Skin Health ("De chapéu pela saúde da pele", em português), da Liga Internacional das Sociedades de Dermatologia, estima que haja 30 mil albinos naquele país, um em cada 1.429 pessoa.

No Brasil, Marcus Maia, coordenador do Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), estima que existam entre 10 e 12 mil albinos, embora não haja estatísticas oficiais. Ele é idealizador do Pró-Albino, um projeto-piloto de assistência e tratamento de albinos



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         Se a família não entende, temos que orientar sobre cuidados, trabalhos ao ar livre, o sol, a necessidade de suplementação de vitamina D. Para quem tem dúvida, Maia é taxativo: Albino não é para pegar sol. Mas não são apenas cuidados com a pele que são necessários. Muitos albinos apresentam visão subnormal, com menos de 30% da capacidade regular. Por isso, o Pró-Albino oferece auxílio oftalmológico completo, com acompanhamento, tratamento e exames.
 "Nesses casos, de populações isoladas, pode ocorrer um número alto de relações consanguíneas", explica Marcus Maia. Ou seja, regiões isoladas podem apresentar maior número de casamentos entre indivíduos de parentesco próximo ou não muito distante. Com isso, caso haja alelos de albinismo na população, é maior a probabilidade de cruzamento entre pessoas portadoras desses alelos, o que resultaria em um número maior de filhos albinos.
 É também o caso de índios guaranis e caigangues que habitam reservas no norte do Rio Grande do Sul. O isolamento da comunidade no Estado contribui para essa situação, de acordo com Francisco Salzano, pesquisador do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que estudou o albinismo no norte do RS. Em uma população indígena de aproximadamente 13,5 mil pessoas, existem cerca de 55 casos de albinismo, um índice que ronda um caso a cada 250 indivíduos, conforme dados da Fundação Nacional da Saúde (Funasa).

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